O queridinho clássico da Disney, O Rei Leão, comemora este mês de junho seus 20 anos. Data muito simbólica para deixarmos passar em branco. Por isso, preparamos um especial a altura, dividido em 4 partes, para todos nós fãs desse aclamado filme da Disney.
Parte 1 – E o ciclo começa: Como surgiu O Rei Leão (acesse aqui)
Parte 2 – Pocahontas invade a Pedra do Rei *você está aqui*
Parte 3 – Hakuna Matata, Elton John e o sucesso inesperado do filme *em breve*
Parte 4 – E o Ciclo não tem fim: O sucesso além do cinema *em breve*
Parte 5 – 20 curiosidades para os 20 anos de O Rei Leão *em breve*
Especial 20 anos Rei Leão
Parte 2 – Pocahontas invade a Pedra do Rei
A animação
O desenvolvimento de O Rei Leão começou simultaneamente com o de Pocahontas. O que atrapalhou um pouco as coisas, pois a maioria dos animadores simpatizaram mais com o roteiro da indígena do que com o dos leões africanos. Havia uma insegurança quanto ao projeto de O Rei Leão, talvez por ser o primeiro longa-metragem com roteiro original do estúdio. Muitos acreditavam que o filme não conseguiria cativar o público.
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Fotografia dos bastidores |
Os animadores que aceitaram trabalhar em O Rei Leão, em sua maioria, eram iniciantes no estúdio e viram uma oportunidade de mostrarem suas habilidades, ou eram animadores que gostavam de animar animais. Treze desses animadores se tornaram supervisores de animação e foram responsáveis por estabelecer as personalidades e traços de cada personagem. Ao todo, mais de 600 artistas, entre animadores e técnicos, contribuíram para o filme ao longo de sua produção.
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Michael Surrey - Supervisor de animação do Timão. |
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Michael Ansell - Supervisor de Animação do Scar |
Os animadores estudaram animais reais como referência, assim como foi feito em 1942 para o filme Bambi. Jim Fowler, renomado especialista em vida selvagem, visitou os estúdios em várias ocasiões com uma variedade de leões e outros habitantes da savana para discutir o comportamento dos animais e ajudar os animadores a dar aos seus desenhos uma sensação de autenticidade. Frequentemente os desenhistas também visitavam o zoológico em busca de inspirações.
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Leões de verdade nos bastidores da animação |
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O animador Ron Husband desenhando o leão da foto acima. |
O uso de computadores ajudou os cineastas a apresentarem suas ideias de novas maneiras. O uso mais notável de animação por computador é na seqüência da "debandada dos gnus". Cinco animadores e técnicos especialmente treinados passaram mais de dois anos criando a sequência da debandada, é de fato a cena que mais deu trabalho para ser finalizada do filme.
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Mais de dois anos de trabalho para fazer a cena que te fez chorar |
A recepção do público ao assistir ao primeiro trailer do filme, que consistia unicamente da sequência de abertura, com a música "Circle of Life", foi muito positiva, e os críticos já previam que o filme seria um grande sucesso, contradizendo a expectativa negativa de alguns animadores que preferiram o filme Pocahontas. Embora Pocahontas, que foi lançado um ano depois, também ter feito sucesso, O Rei Leão recebeu um feedback mais positivo e ganhou arrecadações bem maiores.
Confira algumas concept art feita pelos animadores:
A dublagem é um processo importante para as animações em geral. Quase sempre ela é feita antes da própria animação, pois muitos animadores se inspiram na voz e no dublador para desenvolver melhor seus personagens e as cenas do filme. (Por isso deveríamos falar primeiramente da dublagem e depois da animação, por favor nos perdoe.)
Os dubladores ajudam a dar forma ao personagem, como aconteceu com Timão e Pumba. Seus dubladores, Ernie Sabella e Nathan Lane, inicialmente foram convocados para interpretarem as ienas, entretanto os dois eram naturalmente muito engraçados, e assim resolveram trocar eles de papel.
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Nathan e Ernie dando voz ao Timão e Pumba. |
Mas vamos conhecer melhor todos os dubladores, da versão brasileira e da versão original. (texto e imagens abaixo retirados do site princesascaicaras.com)
O protagonista Simba, na sua versão infantil ficou famoso nas vozes do ator Jonathan Taylor Thomas, na época com 13 anos, e nas canções por Jason Weaver, com 15. Já no Brasil tivemos Patrick de Oliveira, dublador de mesma idade de Jonathan, que também deu a voz do Linguado, de A Pequena Sereia. As cenas musicais ficaram por conta de Bruno Miguel.
Jonathan, Jason (versão americana) e Patrick e Bruno (versão brasileira) |
O leãozinho cresceu e mais atores foram chamados para as vozes. São eles: Matthew Broderick e Joseph Williams na versão original e Garcia Junior para a versão brasileira (que também dublou Eric, de “A Pequena Sereia”).
Matthew e Joseph (versão americana) |
A amiga e futura princesinha Nala, em sua versão jovem, teve as vozes de Niketa Calame e Laura Williams, enquanto aqui no Brasil as escolhidas foram Érika Menezes e Paula Tribuzi. Assim como Simba, a leoa também cresceu e ganhou as vozes de Moira Kelly e Sally Dworsky, e na versão brasileira tivemos Carla Pompílio e Roberta Madruga.
Niketa, Paula, Moira, Sally e Carla |
Scar, o tio vilão de Simba teve as vozes de Jeremy Irons e Jorge Ramos – também responsável pela voz de Jafar, vilão de “Aladdin”.
Curiosidade: Não se sabe porque, mas a segunda estrofe da canção “Se Preparem” não foi gravada por Irons. Essa parte ficou por conta de Jim Cumming.
Jeremy, Jorge e Jim |
O Rei Mufasa, que não tem cenas musicais, teve apenas as vozes de James Earl Jones e Paulo Flores (1944-2003).
James e Paulo |
Não podemos também deixar de mostrar a carinha de personagens marcantes como: Pumba (Ernie Sabella e Mauro Ramos), Timão (Nathan Lane e Pedro Lopes) e Zazu (Rowan Atkinson e Pádua Moreira).
Ernie, Mauro, Nathan, Rowan e Pádua E sim... Rowan Atkinson é o próprio Mr. Bean. ;) |
No próximo especial:
A trilha sonora, o lançamento, a repercussão e o enorme sucesso inesperado do filme.
Nice!
ResponderExcluirhttp://daniellinard.com/