Título Original: Coco
Título no Brasil: Viva - A Vida é Uma Festa
Direção: Lee Ulkrich e Adrian Molina
Ano: 2017
Duração: 1h 45min
Nesta semana, fui ao cinema
assistir ao novo filme da Pixar, Viva - A Vida é Uma Festa. Consegui sobreviver
aos spoilers e fui assistir ao filme sabendo pouco mais do que o que havia na sinopse
e nos trailers. Sabia que seria baseado na cultura mexicana, sobretudo na
tradição do Dia de los Muertos, que seria uma aventura em que estaria envolvida
toda a família do protagonista e que havia um cachorro engraçado.
Minha primeira surpresa foi a ausência do tradicional curta-metragem antes do filme
(depois soube que o curta deveria ter sido Olaf em Uma Nova Aventura
Congelante de Frozen, mas a exibição dele fora suspensa por casa de sua duração,
algo em torno de 21 minutos, o que estava incomodando). Outra surpresa foi o momento da aparição do castelo da Disney
em que a clássica música foi apresentada com ares mexicanos, possivelmente fora
tocada por um grupo de mariachi. A Disney gosta desses detalhes e eles tornam
tudo mais encantador.
Ao começar o filme, a primeira coisa que chama a atenção é o visual incrível (logo depois da introdução que conta o passado da família Rivera). É pra assistir com a boca aberta e os olhos brilhando . Em primeiro lugar, gostaria de destacar a ambientação do mundo dos vivos. A riqueza de detalhes é desconcertante, os cenários cheios cores, os tons terrosos em contraste com as cores vivas dão um ar aconchegante e familiar a cada uma das cenas.
As ruas da cidade, as praças, a casa da
família Rivera, o altar em homenagem aos antepassados, é tudo impressionante.
Em segundo lugar, os personagens. Eles são muito expressivos, com trejeitos e
peculiaridades. Eu não poderia deixar de citar a Mamá Inês que é
simplesmente inacreditável de tão detalhada e minuciosa. Por último, o mundo
dos mortos. Ele é deslumbrante! A arquitetura insólita, as luzes brilhantes sob
o céu noturno e em meio ao ambiente nebuloso. Visualmente, Viva é impecável e
fascinante. Mais uma vez, a Pixar veio redefinir o que as animações são capazes
de fazer.
O enredo pode parecer simples à
primeira vista: "um garotinho lutando contra a própria família para
alcançar seu sonho que é ser músico." No entanto, isso é desenvolvido de
forma bastante perspicaz e questões delicadas e até mesmo complexas são
trabalhadas sem perder a pertinência e a profundidade que lhes cabem. Um
exemplo disso, é a questão que envolve a morte e a preservação das lembranças,
a importância das memórias e da tradição de contar causos, como forma de
impedir que histórias e pessoas sejam esquecidas e perdidas para sempre.
Por fim, resta dizer que Viva é
um filme muito emocionante (que me levou às lágrimas, muitas lágrimas) e competente.
Conseguiu ser divertido, mas ao mesmo
tempo apresentou questões importantes, sem banalizá-las. Com toda
certeza, Viva é incrível e será lembrado por muito, muito tempo e as pessoas vão
contar histórias sobre ele e Viva nunca será esquecido.
(resenha postada originalmente no blog: https://uailipe.blogspot.com.br/)
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